O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva tem sido criticado por estar realizando seu tratamento médico no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, um dos mais procurados pelos ricos e poderosos do Brasil e do exterior.
Muitas pessoas comentaram nas redes sociais queLula deveria ter ido se tratar no SUS - Sistema Único de Saúde - como qualquer cidadão comum sem posses, sem dinheiro. E isso é justamente o que Lula não é: cidadão comum e sem posses.
Essa discussão é uma tremenda bobagem. E por que não dizer, falta de respeito. Há muito tempo Lula não é pobre e não é uma pessoa comum.

Desde a década de 90, salvo engano, Lula é assalariado do PT e aposentado como preso político. De lá para cá, ocupou da Presidência da República, virou palestrante de sucesso internacional e voltou a receber salário do PT.
A aposentadoria de Lula como ex-metalúrgico e ex-preso político beira os R$ 10 mil. Some-se a isso o salário mensal que o PT lhe paga, algo em torno dos R$ 30 mil, segundo a imprensa.
Além do mais, Lula reforça o orçamento familiar com as palestras milionárias que realiza desde o fim do mandato dele de presidente da República.
Lula começou cobrando US$ 200 mil por cada palestra aqui ou no exterior. Agora, não abre a boca por menos de US$ 300 mil, equiparando-se a palestrantes do porte do ex-presidente norte-americano Bill Clinton e o ex-premier britânico Tony Blair. FHC, coitado, talvez por ser menos requisitado, cobra apenas US$ 150 mil dólares por palestra.
Não sei quantas palestras o Lula já deu. Mas já passou de duas dezenas, principalmente no exterior. E pelo menos quatro delas foram canceladas até o final do tratamento dele em janeiro de 2012.
Portanto, o problema de Lula não é dinheiro. Há muito tempo Lula é de classe média alta. E pelo padrão de vida que tem, podemos considerá-lo um homem rico. Ele pode pagar por qualquer tratamento médico em hospital privado do Brasil e do exterior.
Além de possuir condições financeiras, Lula é ex-presidente da República e ainda atuante na política nacional. Virou mito, pai dos pobres, como gosta de ser chamado.
Por questão de segurança nacional, Lula é tratado de maneira especial. Ele não pode se expor como qualquer cidadão alvo de roubos, sequestros e assassinatos.
Desde que deixou a Presidência da República, Lula anda com um séquito de servidores federais, conforme a lei assegura aos ex-presidentes: quatro seguranças, dois motoristas e um par de assessores.
Querer que um homem desses vá para a fila do SUS é demais, não é verdade? É, no mínimo, demagogia.
Lula desperta paixão, idolatria, adoração ou coisa que o valha. Mas ele também atrai ódios, rancores e preconceitos. Ainda bem que a parcela maior é de quem gosta dele.
Goste-se dele ou não, Lula é um mito. Ele já faz parte da história política deste país ombreado por figuras como Getúlio Vargas e Juscelino Kubitscheck.
Como tal, Lula deve ser tratado com respeito. E com todo o cuidado que merece e pode obter. Vamos deixar o homem se tratar!
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